O Romantismo, movimento artístico
e literário do século XIX, trouxe para nossa cultura um gênero literário que
até hoje é amplamente divulgado e apreciado no mundo todo: o Romance. Como você já
deve ter aprendido, nem todos os romances tratam de uma história de amor,
embora muita gente faça confusão com o nome.
……………….Como surgiu num
período de ascensão da burguesia, o romance era destinado a um público que valorizava a riqueza
de ações e personagens sobre a linguagem rebuscada das epopéias que passaram a perder
seu prestígio a partir do século XVII. Seus enredos complicados com fatos
fantasiosos conquistaram especialmente as mulheres que começaram a ganhar peso
como público leitor.
……………….Em se tratando de estrutura, o romance é muito
fácil de ser identificado. O primeiro elemento é o tempo, geralmente indicado
logo no início da narrativa. Nos contos-de-fadas encontramos o “Era uma vez…”,
mas em alguns romances o momento de referência só é identificado depois do
início da história..
……………….Assim como o tempo, o espaço costuma ser indicado
no início do romance, o que não é uma regra. O espaço de referência pode ser
explicitamente descrito ou não. Já quanto a pessoa o romance é mais
específico. Muitas vezes o narrador é uma personagem, o que torna sua descrição
mais parcial e subjetiva.
……………….Já existem casos em
que o narrador é observador, ele não faz parte da história e por isso exibe um
ponto de vista diferente do das personagens. Neste caso há um afastamento maior
e o resultado é uma narração mais objetiva e até mesmo mais fiel, sem
interferências.
……………….Além do tempo, espaço
e pessoa, existem outras características dos romances que merecem ser
destacadas. Na tabela abaixo nós separamos as principais, confira:
.
……………….Repare que a temática do romance sofreu
alterações com o passar dos anos. De início eles contavam histórias fantásticas
com naufrágios, raptos, duelos, assassinatos entre outras coisas que faziam com
que eles se assemelhassem das novelas de cavalarias típicas do Trovadorismo.
……………….Depois eles passaram a
relatar o cotidiano rural ou urbano com relacionamentos amorosos, traições e
desilusões. Os assuntos eram mais “reais”, o que gerou maior identificação por
parte das mulheres que formavam o grande público dos romances.
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