Leia o texto abaixo:
Cinzas na Amazônia
Agosto
marca o início tradicional das queimadas na Amazônia Legal. Mas os primeiros
dias deste mês foram preocupantes. O
número de focos de fogo na região é 40% maior que em 2006. “Acendemos o sinal
amarelo”, diz o pesquisador Alberto Setzer, do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). É cedo para soar o alarme, mas o temor é que, se a estiagem
que atinge a região continuar, os próximos meses sejam enfumaçados. Há outros
dois motivos de inquietação. Os focos atuais se concentram no norte de Mato
Grosso, sul do Pará e leste do Tocantins, todos com forte atividade agrícola. E
todas as reservas florestais nacionais registraram casos de incêndio.
Fonte: Revista Superinteressante. nº 482, 13 de agosto de 2007.
1. De acordo com o texto anterior, pode-se inferir que:
a) As queimadas na Amazônia Legal ocorrem com maior freqüência antes do mês
de agosto.
b) Se a frase na linha 3 “acendemos o sinal amarelo” for alterada para “ o
sinal amarelo será acendido”, não haverá mudança no sentido do texto.
c) O clima seco auxilia na propagação dos focos de incêndio.
d) Os focos de incêndio podem apresentar riscos às florestas brasileiras.
Leia o texto abaixo:
Puro preconceito
“É
razoável que as pessoas tenham medo de assaltos. Eles se tornaram rotina nos centros
urbanos e, por vezes, têm conseqüências fatais. Faz todo sentido, portanto, acautelar-se,
evitar algumas regiões em certos horários e, até, evitar pessoas que pareçam
suspeitas.
E
quem inspira desconfiança é, no imaginário geral, mulato ou negro. Se falar com
sotaque nordestino, torna-se duplamente suspeito. Pesquisa feita em São Paulo,
contudo, mostra que essas idéias não têm base na realidade. Não passam de
preconceito na acepção literal do termo. Dados obtidos de 2901 processos de
crimes contra o patrimônio (roubo e furto) entre 1991 e 1999 revelam que o
ladrão típico de São Paulo é branco (57% dos crimes) e paulista (62%).
Os
negros, de acordo com a pesquisa, respondem por apenas 12% das ocorrências. Baianos
e pernambucanos, juntos, por 14%.
O
estudo é estatisticamente significativo. Os 2901 processos correspondem a 5% do
total do período. É claro que algum racista empedernido poderia levantar
objeções metodológicas contra o estudo. Mas, por mais frágil que fosse a
pesquisa, ela já serviria para mostrar que o vínculo entre mulatos, negros,
nordestinos e assaltantes não passa de uma manisfestação de racismo, do qual,
aliás, o brasileiro gosta de declarar-se isento. (...)
Fonte: Folha de São Paulo, 06 de março
de 2001.
2. O texto defende a idéia de que é falsa a relação suposta pelas pessoas
entre a cor da pele, a origem e o grau de periculosidade de um indivíduo. Para
defender esse ponto de vista são apresentados:
a) Opiniões de policiais. b) O parecer do jornal. c) Dados estatísticos.
d) Depoimento das vítimas.
“Há uma geração sem palavras”
A malhação física
encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser
bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os
“músculos cerebrais”, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem
satisfações infinitamente superiores”.
Fonte: Marili Ribeiro – Jornal do
Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6.
3. No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:
a) A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.
b) Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.
c) O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem palavras.
d) Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.
Analise este trecho de um artigo:
Não nascemos sabendo
Nós,
humanos e humanas, somos portadores de um “defeito” natural que acaba por se
tornar nossa maior vantagem: não nascemos sabendo!
Por
isso, do nascimento ao final da existência individual, aprendemos (e ensinamos)
sem parar; o que caracteriza um ser humano é a capacidade de inventar, criar,
inovar e isso é resultado do fato de não nascermos já prontos e acabados.
Aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações
que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Aqueles
entre nós que imaginarem que nada mais precisam aprender ou, pior ainda, não
têm mais idade para aprender, estão-se enclausurando dentro de um limite que desumaniza
e, ao mesmo tempo, torna frágil a principal habilidade humana: a audácia de
escapar daquilo que parece não ter saída.
A
educação é vigorosa quando dá sentido grupal às ações individuais, isto é,
quando se coloca a serviço das finalidades e intenções de um grupo ou uma
sociedade; uma educação que sirva apenas ao âmbito individual perde impulso na
estruturação da vida coletiva, pois, afinal de contas, ser humano é ser junto,
e aquilo que aprendemos e ensinamos tem de ter como meta principal tornar a
comunidade na qual vivemos mais apta e fortalecida. [...]
Quem
não estiver aberto a mudanças e comprometido com questões de novos aprendizados
estará fadado ao insucesso profissional e pessoal. Vale sempre lembrar a frase
do fictício detetive chinês Charlie Chan: “Mente humana é como pára-quedas; funciona
melhor aberta” [...].
Mario Sergio Cortella
Fonte: http://www.abrhba.com.br/artigos/naonascemossabendo.htm - Acesso
em: 10/03/03.
4. A idéia central do texto é:
a) Que a característica do ser humano é a capacidade de inventar.
b) Que o ser humano não nasce sabendo e que pode sempre aprender.
c) Que o ser humano tem habilidade de aprender.
d) Que o ser humano tem capacidade de repassar seu aprendizado à
comunidade.
Leia o texto abaixo:
Recebi uma
correspondência muito interessante de uma leitora que é mãe de uma menina de
cinco anos. Ela conta que saiu com o marido para uma compra aparentemente simples:
uma sandália para a filha usar no verão. O que parecia fácil, porém tornou-se motivo de receio, indignação
e reflexão. (...) Existem sandálias com salto plataforma, com salto anabela,
com saltinho e com saltão. Mas
sandálias para a menina correr, pular e
virar cambalhota, saltar, nada! Ou
seja, é difícil encontrar
sandália para criança, porque
agora a menina tem que se vestir como
mulher.
Fonte: Adaptação: SAYÃO, Rosely. Folha
de São Paulo, São Paulo, 29 nov. 2001.
5. Após ler o texto responda: Os termos em negrito indicam:
a) Oposição, finalidade, explicação,conclusão.
b) Oposição, conclusão, explicação,finalidade.
c) Explicação, causa, oposição,conseqüência.
d) Conseqüência, causa, finalidade,oposição.
Leia o texto abaixo:
“No Antigo Egito, o
gato foi honrado e enaltecido, sendo considerado como um animal santo. Nesta
mesma época, a gata transformou-se na representação da Deusa Bastet, fêmea do
deus Sol Rá. [...] Na Europa, o gato se desenvolveu com as conquistas romanas.
Ele foi admirado pela sua beleza e dupla personalidade (ora um selvagem independente,
ora um animal doce e afável), e apreciado ainda no século XI quando o rato
negro invadiu a Europa. No século XIII desenvolveram-se as superstições e o
gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e à
feitiçaria. A igreja lhe virou as costas. [...] No século XVIII ele voltou
majestoso e em perfeito acordo com os poetas, pintores e escritores que prestam
homenagem à graça e à beleza de seu corpo.”
Fonte: Revista DC. Diário Catarinense,
25 de abril 1999.
6. A informação principal que se destaca no texto é:
a) A trajetória do gato ao longo da história.
b) Justificar a importância dos gatos e dos ratos.
c) Descrever a história dos ratos ao longo dos tempos.
d) Citar superstições acerca dos gatos.
Leia o texto abaixo:
O Dia Seguinte
“Se há alguma coisa
importante neste mundo, dizia o marido, é uma empregada de confiança. A mulher
concordava, satisfeita: realmente, a empregada deles era de confiança
absoluta. Até as compras fazia, tudo
direitinho. Tão de confiança que eles não hesitavam em deixar-lhe a casa,
quando viajavam.
Uma vez resolveram
passar o fim de semana na praia. Como de costume a empregada
ficaria. Nunca saía nos fins de semana,
a moça. Empregada perfeita.
Foram. Quando já estavam
quase chegando à orla marítima, ele se deu conta: tinham
esquecido a chave da casa da praia. Não
havia outro remédio. Tinham de voltar. Voltaram.
Quando abriram a porta
do apartamento, quase desmaiaram: o living estava cheio de gente, todo mundo
dançando, no meio de uma algazarra infernal. Quando ele conseguiu se recuperar
da estupefação, procurou a empregada:
- Mas o que é isto,
Elcina? Enlouqueceu?
Aí um simpático mulato
interveio: que é isto, meu patrão, a moça não enlouqueceu, coisa alguma,
estamos apenas nos divertindo, o senhor não quer dançar também? Isto mesmo,
gritava o pessoal, dancem com a gente.
O marido e a mulher
hesitaram um pouco; depois - por que não, afinal a gente tem de experimentar de
tudo na vida, aderiram à festa. Dançaram, beberam, riram. Ao final da noite
concordavam com o mulato: nunca tinham se divertido tanto. No dia seguinte,
despediram a empregada.”
Fonte: SCLIAR, Moacyr. Histórias para (quase) todos os gostos. Porto
alegre: L&PM, 1998.
7. O fato no texto que dá início ao conflito é:
a) Todos se divertiram muito na festa.
b) A empregada era de confiança do casal.
c) O casal esqueceu a chave da casa de praia.
d) O casal resolve passar o fim de semana na praia.
Leia o trecho do romance Vidas Secas de
Graciliano Ramos e responda:
“Iam-se amodorrando e foram despertados
por Baleia, que trazia nos dentes um preá. Levantaram-se todos gritando. O
menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinhá
Vitória beijava o focinho de Baleia, e como o focinho estava ensangüentado,
lambia o sangue e tirava proveito do beijo”.
Fonte: RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.
32 ed. São Paulo: Martins, 1974. p.47- 9.
8. Neste fragmento do texto:
a) O narrador é Sinhá Vitória.
b) O narrador é o menino mais velho.
c) O narrador é o cachorro Baleia.
d) O narrador não é um personagem da história.
Leia o texto abaixo:
O surdo aprende diferente
O surdo não adquire de
forma natural a língua falada, e a sua aquisição jamais ocorre da mesma forma
como acontece com a criança ouvinte. Esse processo exige um trabalho formal e
sistemático. Os surdos, por serem incapazes de ouvir seus pais, correm o risco
de ficar seriamente atrasados na compreensão da língua, a menos que
providências sejam tomadas. E ser deficiente de linguagem, para um ser humano,
é uma grande lacuna. Segundo Sacks, chega a ser uma calamidade, porque é por
meio da língua que nos comunicamos livremente com nossos semelhantes,
adquirimos e compartilhamos informações. Se não pudermos fazer isso, ficamos
incapacitados e isolados.
Pesquisas realizadas em
várias cidades do Brasil chegaram à triste conclusão de que o oralismo, ainda
utilizado em muitas escolas, não apresenta resultados satisfatórios para o
desenvolvimento da linguagem do surdo. Além disso, o oralismo só é capaz de
perceber 20% da mensagem, através da leitura labial.
O bilingüismo busca
respeitar o surdo na questão do processo de aquisição da sua língua natural,
tendo como pressuposto básico que o surdo deve adquirir como língua materna e primeira
língua (L1) a língua de sinais e, como segunda língua (L2), a língua oficial de
seu país; no nosso caso a Língua Portuguesa.
Fonte: Revista Mundo Jovem julho de
2008 página 3, fragmento.
9. Segundo o texto apresentado, o surdo não adquire a linguagem da mesma
forma que o ouvinte. O processo exige um trabalho formal e sistematizado. Qual
a consequência quando não há este trabalho?
a) O surdo corre o risco de ficar seriamente atrasado na compreensão da língua.
b) O surdo não poderá fazer a leitura labial.
c) O surdo terá grandes problemas com o bilinguismo e com o oralismo.
d) O surdo será incapaz de compreender as mensagens através da leitura labial.
Leia o texto abaixo:
O socorro
Ele foi cavando,
cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na
distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova
e não conseguiu sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio.
Enlouqueceu de gritar,
cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo
da cova, desesperado.
A noite chegou, subiu,
fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite
escura, não se ouvia um som humano, embora o cemitério estivesse cheio de
pipilos e coaxares naturais dos matos. Só um pouco depois da meia-noite é que
lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se
aproximaram.
Uma cabeça ébria lá em
cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou
desesperado: “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!” “Mas
coitado!” - condoeu-se o bêbado. “Tem toda razão de estar com frio. Alguém
tirou a terra de você, meu pobre
mortinho!” E, pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo
cuidadosamente.
Moral: Nos momentos graves é
preciso verificar muito bem para quem se apela.
Fonte: FERNANDES, Millôr. Fábulas
fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991.
10. O motivo pelo qual o coveiro não
conseguiu sair do buraco foi que:
a) Distraiu-se tanto com seu trabalho que cavou demais.
b) Anoiteceu rapidamente e ele sentiu medo de sair dali.
c) Estava com muito frio e precisava de um lugar para dormir.
d) Por mais que gritasse, ninguém atendeu seu pedido.
Leia o texto abaixo:
O consumo de álcool cresce entre os
jovens brasileiros. Muitos não se preocupam com a dependência nem encaram a bebida como droga. Mas, segundo a Organização Mundial de
Saúde, o álcool é a droga mais consumida no mundo, com doze bilhões de
usuários.”
Fonte: Revista Isto É/1978- 26/09/07
pág. 50.
11. A função desempenhada pela palavra
destacada no texto é:
a) Comparação entre idéias
b) Adição de idéias.
c) Conseqüência dos fatos.
d) Finalidade dos fatos.
1 D 2 c 3 b 4b 5 b 6 a 7 c
8 d 9 a 10 d 11 b
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