quinta-feira, 30 de agosto de 2018

ATIVIDADES DO SAERJINHO COM GABARITO


Leia o texto abaixo:
Cinzas na Amazônia
            Agosto marca o início tradicional das queimadas na Amazônia Legal. Mas os primeiros
dias deste mês foram preocupantes. O número de focos de fogo na região é 40% maior que em 2006. “Acendemos o sinal amarelo”, diz o pesquisador Alberto Setzer, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É cedo para soar o alarme, mas o temor é que, se a estiagem que atinge a região continuar, os próximos meses sejam enfumaçados. Há outros dois motivos de inquietação. Os focos atuais se concentram no norte de Mato Grosso, sul do Pará e leste do Tocantins, todos com forte atividade agrícola. E todas as reservas florestais nacionais registraram casos de incêndio.
Fonte: Revista Superinteressante. nº 482, 13 de agosto de 2007.

1. De acordo com o texto anterior, pode-se inferir que:
a) As queimadas na Amazônia Legal ocorrem com maior freqüência antes do mês de agosto.
b) Se a frase na linha 3 “acendemos o sinal amarelo” for alterada para “ o sinal amarelo será acendido”, não haverá mudança no sentido do texto.
c) O clima seco auxilia na propagação dos focos de incêndio.
d) Os focos de incêndio podem apresentar riscos às florestas brasileiras.

Leia o texto abaixo:
Puro preconceito
            “É razoável que as pessoas tenham medo de assaltos. Eles se tornaram rotina nos centros urbanos e, por vezes, têm conseqüências fatais. Faz todo sentido, portanto, acautelar-se, evitar algumas regiões em certos horários e, até, evitar pessoas que pareçam
suspeitas.
            E quem inspira desconfiança é, no imaginário geral, mulato ou negro. Se falar com sotaque nordestino, torna-se duplamente suspeito. Pesquisa feita em São Paulo, contudo, mostra que essas idéias não têm base na realidade. Não passam de preconceito na acepção literal do termo. Dados obtidos de 2901 processos de crimes contra o patrimônio (roubo e furto) entre 1991 e 1999 revelam que o ladrão típico de São Paulo é branco (57% dos crimes) e paulista (62%).
            Os negros, de acordo com a pesquisa, respondem por apenas 12% das ocorrências. Baianos e pernambucanos, juntos, por 14%.
            O estudo é estatisticamente significativo. Os 2901 processos correspondem a 5% do total do período. É claro que algum racista empedernido poderia levantar objeções metodológicas contra o estudo. Mas, por mais frágil que fosse a pesquisa, ela já serviria para mostrar que o vínculo entre mulatos, negros, nordestinos e assaltantes não passa de uma manisfestação de racismo, do qual, aliás, o brasileiro gosta de declarar-se isento. (...)
Fonte: Folha de São Paulo, 06 de março de 2001.

2. O texto defende a idéia de que é falsa a relação suposta pelas pessoas entre a cor da pele, a origem e o grau de periculosidade de um indivíduo. Para defender esse ponto de vista são apresentados:
a) Opiniões de policiais.     b) O parecer do jornal.      c) Dados estatísticos.
d) Depoimento das vítimas.

“Há uma geração sem palavras”
            A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações infinitamente superiores”.
Fonte: Marili Ribeiro – Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6.
3. No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:
a) A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.
b) Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.
c) O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem palavras.
d) Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.

Analise este trecho de um artigo:
Não nascemos sabendo
            Nós, humanos e humanas, somos portadores de um “defeito” natural que acaba por se tornar nossa maior vantagem: não nascemos sabendo!
            Por isso, do nascimento ao final da existência individual, aprendemos (e ensinamos) sem parar; o que caracteriza um ser humano é a capacidade de inventar, criar, inovar e isso é resultado do fato de não nascermos já prontos e acabados. Aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
            Aqueles entre nós que imaginarem que nada mais precisam aprender ou, pior ainda, não têm mais idade para aprender, estão-se enclausurando dentro de um limite que desumaniza e, ao mesmo tempo, torna frágil a principal habilidade humana: a audácia de escapar daquilo que parece não ter saída.
            A educação é vigorosa quando dá sentido grupal às ações individuais, isto é, quando se coloca a serviço das finalidades e intenções de um grupo ou uma sociedade; uma educação que sirva apenas ao âmbito individual perde impulso na estruturação da vida coletiva, pois, afinal de contas, ser humano é ser junto, e aquilo que aprendemos e ensinamos tem de ter como meta principal tornar a comunidade na qual vivemos mais apta e fortalecida. [...]
            Quem não estiver aberto a mudanças e comprometido com questões de novos aprendizados estará fadado ao insucesso profissional e pessoal. Vale sempre lembrar a frase do fictício detetive chinês Charlie Chan: “Mente humana é como pára-quedas; funciona melhor aberta” [...].
Mario Sergio Cortella
Fonte: http://www.abrhba.com.br/artigos/naonascemossabendo.htm - Acesso em: 10/03/03.

4. A idéia central do texto é:
a) Que a característica do ser humano é a capacidade de inventar.
b) Que o ser humano não nasce sabendo e que pode sempre aprender.
c) Que o ser humano tem habilidade de aprender.
d) Que o ser humano tem capacidade de repassar seu aprendizado à comunidade.

Leia o texto abaixo:
            Recebi uma correspondência muito interessante de uma leitora que é mãe de uma menina de cinco anos. Ela conta que saiu com o marido para uma compra aparentemente simples: uma sandália para a filha usar no verão. O que parecia fácil, porém tornou-se motivo de receio, indignação e reflexão. (...) Existem sandálias com salto plataforma, com salto anabela, com saltinho e com saltão. Mas sandálias para a menina correr, pular e virar cambalhota, saltar, nada! Ou seja, é difícil encontrar sandália para criança, porque agora a menina tem que se vestir como mulher.
Fonte: Adaptação: SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, São Paulo, 29 nov. 2001.

5. Após ler o texto responda: Os termos em negrito indicam:
a) Oposição, finalidade, explicação,conclusão.
b) Oposição, conclusão, explicação,finalidade.
c) Explicação, causa, oposição,conseqüência.
d) Conseqüência, causa, finalidade,oposição.

Leia o texto abaixo:
            “No Antigo Egito, o gato foi honrado e enaltecido, sendo considerado como um animal santo. Nesta mesma época, a gata transformou-se na representação da Deusa Bastet, fêmea do deus Sol Rá. [...] Na Europa, o gato se desenvolveu com as conquistas romanas. Ele foi admirado pela sua beleza e dupla personalidade (ora um selvagem independente, ora um animal doce e afável), e apreciado ainda no século XI quando o rato negro invadiu a Europa. No século XIII desenvolveram-se as superstições e o gato passou de criatura adorada a infernal, associada aos cultos pagãos e à feitiçaria. A igreja lhe virou as costas. [...] No século XVIII ele voltou majestoso e em perfeito acordo com os poetas, pintores e escritores que prestam homenagem à graça e à beleza de seu corpo.”
Fonte: Revista DC. Diário Catarinense, 25 de abril 1999.
6. A informação principal que se destaca no texto é:
a) A trajetória do gato ao longo da história.
b) Justificar a importância dos gatos e dos ratos.
c) Descrever a história dos ratos ao longo dos tempos.
d) Citar superstições acerca dos gatos.
Leia o texto abaixo:
O Dia Seguinte
“Se há alguma coisa importante neste mundo, dizia o marido, é uma empregada de confiança. A mulher concordava, satisfeita: realmente, a empregada deles era de confiança
absoluta. Até as compras fazia, tudo direitinho. Tão de confiança que eles não hesitavam em deixar-lhe a casa, quando viajavam.
Uma vez resolveram passar o fim de semana na praia. Como de costume a empregada
ficaria. Nunca saía nos fins de semana, a moça. Empregada perfeita.
Foram. Quando já estavam quase chegando à orla marítima, ele se deu conta: tinham
esquecido a chave da casa da praia. Não havia outro remédio. Tinham de voltar. Voltaram.
Quando abriram a porta do apartamento, quase desmaiaram: o living estava cheio de gente, todo mundo dançando, no meio de uma algazarra infernal. Quando ele conseguiu se recuperar da estupefação, procurou a empregada:
- Mas o que é isto, Elcina? Enlouqueceu?
Aí um simpático mulato interveio: que é isto, meu patrão, a moça não enlouqueceu, coisa alguma, estamos apenas nos divertindo, o senhor não quer dançar também? Isto mesmo, gritava o pessoal, dancem com a gente.
O marido e a mulher hesitaram um pouco; depois - por que não, afinal a gente tem de experimentar de tudo na vida, aderiram à festa. Dançaram, beberam, riram. Ao final da noite concordavam com o mulato: nunca tinham se divertido tanto. No dia seguinte, despediram a empregada.”
Fonte: SCLIAR, Moacyr. Histórias para (quase) todos os gostos. Porto alegre: L&PM, 1998.
7. O fato no texto que dá início ao conflito é:
a) Todos se divertiram muito na festa.
b) A empregada era de confiança do casal.
c) O casal esqueceu a chave da casa de praia.
d) O casal resolve passar o fim de semana na praia.

Leia o trecho do romance Vidas Secas de Graciliano Ramos e responda:
“Iam-se amodorrando e foram despertados por Baleia, que trazia nos dentes um preá. Levantaram-se todos gritando. O menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinhá Vitória beijava o focinho de Baleia, e como o focinho estava ensangüentado, lambia o sangue e tirava proveito do beijo”.
Fonte: RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 32 ed. São Paulo: Martins, 1974. p.47- 9.
8. Neste fragmento do texto:
a) O narrador é Sinhá Vitória.
b) O narrador é o menino mais velho.
c) O narrador é o cachorro Baleia.
d) O narrador não é um personagem da história.

Leia o texto abaixo:
O surdo aprende diferente
O surdo não adquire de forma natural a língua falada, e a sua aquisição jamais ocorre da mesma forma como acontece com a criança ouvinte. Esse processo exige um trabalho formal e sistemático. Os surdos, por serem incapazes de ouvir seus pais, correm o risco de ficar seriamente atrasados na compreensão da língua, a menos que providências sejam tomadas. E ser deficiente de linguagem, para um ser humano, é uma grande lacuna. Segundo Sacks, chega a ser uma calamidade, porque é por meio da língua que nos comunicamos livremente com nossos semelhantes, adquirimos e compartilhamos informações. Se não pudermos fazer isso, ficamos incapacitados e isolados.
Pesquisas realizadas em várias cidades do Brasil chegaram à triste conclusão de que o oralismo, ainda utilizado em muitas escolas, não apresenta resultados satisfatórios para o desenvolvimento da linguagem do surdo. Além disso, o oralismo só é capaz de perceber 20% da mensagem, através da leitura labial.
O bilingüismo busca respeitar o surdo na questão do processo de aquisição da sua língua natural, tendo como pressuposto básico que o surdo deve adquirir como língua materna e primeira língua (L1) a língua de sinais e, como segunda língua (L2), a língua oficial de seu país; no nosso caso a Língua Portuguesa.
Fonte: Revista Mundo Jovem julho de 2008 página 3, fragmento.

9. Segundo o texto apresentado, o surdo não adquire a linguagem da mesma forma que o ouvinte. O processo exige um trabalho formal e sistematizado. Qual a consequência quando não há este trabalho?
a) O surdo corre o risco de ficar seriamente atrasado na compreensão da língua.
b) O surdo não poderá fazer a leitura labial.
c) O surdo terá grandes problemas com o bilinguismo e com o oralismo.
d) O surdo será incapaz de compreender as mensagens através da leitura labial.

Leia o texto abaixo:
O socorro
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio.
Enlouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo
da cova, desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um som humano, embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só um pouco depois da meia-noite é que lá vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram.
Uma cabeça ébria lá em cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou desesperado: “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!” “Mas coitado!” - condoeu-se o bêbado. “Tem toda razão de estar com frio. Alguém
tirou a terra de você, meu pobre mortinho!” E, pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
Moral: Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela.
Fonte: FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991.
10. O motivo pelo qual o coveiro não conseguiu sair do buraco foi que:
a) Distraiu-se tanto com seu trabalho que cavou demais.
b) Anoiteceu rapidamente e ele sentiu medo de sair dali.
c) Estava com muito frio e precisava de um lugar para dormir.
d) Por mais que gritasse, ninguém atendeu seu pedido.

Leia o texto abaixo:
O consumo de álcool cresce entre os jovens brasileiros. Muitos não se preocupam com a dependência nem encaram a bebida como droga. Mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, o álcool é a droga mais consumida no mundo, com doze bilhões de usuários.”
Fonte: Revista Isto É/1978- 26/09/07 pág. 50.
11. A função desempenhada pela palavra destacada no texto é:
a) Comparação entre idéias
b) Adição de idéias.
c) Conseqüência dos fatos.
d) Finalidade dos fatos.


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