Vamos
conhecer um pouco mais a história da crônica e do conto no Brasil e a
importância do conto oral para o povo indígena e africano.
✓ A Crônica
A palavra “crônica” vem do grego
“khrónos” e significa “tempo”. É um
gênero textual que existe desde a Antiguidade e vem sofrendo transformações ao
longo do tempo. Os primeiros cronistas relatavam, principalmente,
acontecimentos históricos relacionados a pessoas de linhagem nobre, como reis,
rainhas, imperadores, etc.
Inicialmente, a crônica tinha
por finalidade narrar histórias maravilhosas e lendárias, conhecidas como cronicões medievais. Entretanto, foi ao
longo da tradição humanista portuguesa que o cronista passou a ser reconhecido
como um escritor profissional. Nesse período, foi merecedor de destaque Fernão
Lopes, cronista-mor da Torre do Tombo, que tinha como incumbência registrar a
história dos reis de Portugal. Nesse sentido, a crônica poderia ser considerada
como uma forma preliminar da historiografia moderna.
Também de autoria de um
português é o texto considerado como a primeira crônica redigida no Brasil. A Carta de Pero Vaz de Caminha, endereçada
a D. Manuel, não simplesmente contém o registro da “descoberta” de nossas
terras: figura como a primeira crônica nacional. A carta de Pero Vaz de Caminha
a el-rei D. Manuel assinala o momento em que, pela primeira vez, a paisagem
brasileira desperta o entusiasmo de um cronista, oferecendo-lhe matéria para o
texto que seria considerado a nossa certidão de nascimento.
Ainda que o
texto tivesse uma finalidade específica – dar ao rei de Portugal “boas novas”
da terra encontrada – e que tenha recebido o nome de Carta a El Rey Dom Manuel, não se pode negar que é uma recriação
artística e engenhosa da realidade e, por essa razão, salientou Jorge de Sá que
a Carta de Caminha é “criação de um
cronista no melhor sentido literário do termo”.
Teria nascido aí uma das grandes
vocações da crônica no Brasil, ou seja, “registrar o circunstancial”. Muito já
se discutiu a respeito daquela que é considerada a Certidão de Nascimento do
país, mas aqui ela apenas foi citada para demonstrar que um dos seus principais
traços característicos remonta à literatura informativa. A crônica seria,
então, uma recriação da realidade em
pequenas doses. Pequenas porque, de fato, a curta extensão é uma de suas
marcas, mas não é uma caracterização suficiente para torná-la singular.
No Brasil, a crônica
contemporânea é um gênero que se consolidou em torno do século XIX, com o
desenvolvimento da imprensa. A partir dessa época, muitos escritores passaram a
registrar a vida social, a política, os costumes e fatos do cotidiano publicando
seus escritos em jornais. Ou seja, de um modo geral, importantes escritores
começam a usar as crônicas para registrar, de modo ora mais literário, ora mais
jornalístico, os acontecimentos cotidianos de sua época.
Grandes nomes de nossa
literatura escreveram crônicas em jornais: José de Alencar, Joaquim Manuel de
Macedo, Machado de Assis, Aluísio de Azevedo, Raul Pompéia. Machado de Assis,
por exemplo, trabalhava no jornal ao mesmo tempo em que cuidava de sua produção
literária. Ao entrelaçar notícia e ficção, encontrou formas para a produção de
crônicas, escritas com uma linguagem em tom coloquial, como se o autor
estivesse em conversa íntima com o leitor, como ocorre em seus romances.
Pode-se, além disso, trazer à
luz o tom de crítica que muitos desses autores imprimem em seus textos também.
Além de entreter o leitor com histórias leves, bem humoradas, a crítica social
é também uma constante nesses textos.
✓ O Conto
Os contos são narrativas cuja
origem é de difícil precisão. Fato é que contar histórias constitui-se em
hábito comum às civilizações, mesmo em culturas ágrafas (sem escrita), nas
quais essas histórias sobreviveram através dos tempos por conta da transmissão
oral.
Esse tipo de narrativa foi
fortemente influenciada pelos europeus, que nos trouxeram contos
representativos de sua multifacetada cultura, talvez com maior força que outros
povos, por ser uma “cultura dominante”. Para isso, muito contribuiu o fato de
grande parte de suas narrativas terem sido publicadas em livros, não dependendo
da oralidade para a sua sobrevivência.
Ressalta-se,
também, que, além dos contos publicados em livros, muitos contos de tradição
oral, popularizados, através de fábulas, “causos” e até mesmo cantigas de
rodas, têm origem europeia. Essa herança popular enriquece o cenário literário
brasileiro e tem grande importância na formação cultural do nosso país.
Os contos ditos populares,
especificamente, obedecem a uma moral e, didaticamente, levantam discussões
sobre conflitos humanos. Pelo convite à reflexão sobre a vida concreta, o
trabalho com esse gênero revela-se estimulante, pois o conto ultrapassa a
narrativa de aspectos mágicos, fantásticos ou de encantamento.
Os contos da tradição oral, em
diferentes sociedades, assumiram diversas formas. No Brasil, apresentam
aspectos bastante diversificados – tendo sido classificados como contos de exemplo, de animais, de
encantamento, cômicos, religiosos, adivinhação, acumulativos, etiológicos,
demônio logrado e ciclo da morte.
Esses contos foram fundamentais para a difusão e popularização das culturas
indígena e africana no nosso país. No entanto, é necessário esclarecer que,
nesses povos, o conto tem papel fundamental na transmissão dos ensinamentos,
pois ultrapassam o lúdico e ampliam o conhecimento através do seu caráter
didático.
Em relação ao conto oral, é
preciso lembrar que as narrativas indígenas e as africanas sustentaram-se por
séculos, na oralidade, por meio da transmissão de histórias verdadeiras de
antepassados, narrativas de guerras, fatos antigos ou, até mesmo, ficcionais. A
tradição da transmissão oral foi mantida de geração em geração, e muitas foram
recuperadas e/ou reescritas, o que permitiu que os contos indígenas e africanos
conseguissem chegar aos dias atuais.
Atividade
Agora você vai ler um conto de
tradição indígena. Em seguida, faça o que se pede.
Como nasceram as estrelas do
céu
Algumas índias foram colher
milho para fazer pão para seus maridos. Um indiozinho seguiu a mãe e, ao vê-las
fazendo pão, roubou um monte de milho.
Chamou seus amigos e foram pedir
para a avó fazer pão para eles também.
Mas as mães sentiram a falta do
milho e começaram a procurar. Os meninos, depois que comeram o pão, resolveram
fugir. Para que a avó não contasse o que tinham feito, cortaram-lhe a língua.
Então, fugiram para o mato. Chamaram o colibri e pediram para que amarrasse lá
no céu o maior cipó que encontrasse.
Assim feito, começaram a subir.
As mães voltaram para a tribo
para procurar o milho. Então, perceberam que as crianças não estavam lá.
Desesperadas, perguntaram para a
avó o que tinha acontecido. Mas essa não podia responder.
Então, uma das mães olhou para o
céu e viu os meninos subindo pelo cipó.
As mães correram e imploraram
para que voltassem, mas os meninos não obedeceram.
Então, elas decidiram subir no
cipó também.
Mas os indiozinhos cortaram-no e
as mães caíram. Ao chocarem-se contra o chão, transformaram-se em animais
selvagens.
Os meninos malvados foram
punidos por sua crueldade.
Como castigo, tiveram que olhar
fixamente todas as noites para a terra, para ver o que aconteceu com suas mães.
Seus olhos, sempre abertos, são as estrelas.
Disponível em:
http://www.velhobruxo.tns.ufsc.br/Lenda022.html Acesso em 11 ago. 2013.
1) Agora, preencha o quadro abaixo apontando os
elementos da narrativa que aparecem no conto.
Personagens
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Tempo
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Espaço
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Conflito
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Foco narrativo
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Tipo de narrador
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2) No conto “Como
nasceram as estrelas do céu”, você percebeu a existência de marcas e
valores característicos da cultura indígena em ações tipicamente cotidianas,
como, por exemplo, a explicação sobrenatural para o surgimento das estrelas e
dos animais. Considerando que o povo indígena não possuía um sistema de
escrita, qual seria a importância dos contos orais para esses povos? Explique.
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Leia uma divertida crônica de Luis Fernando Veríssimo.
João e Maria
Esta é uma daquelas histórias
que as pessoas juram que aconteceram, não faz muito sentido, com um amigo
delas. Há anos você ouve a mesma história, sempre com a garantia de que
aconteceu mesmo. Há pouco, com um amigo. Nesta versão o amigo se chama João e a
mulher se chama Maria, para simplificar.
O João começou a desconfiar das
constantes conversas da Maria com José, amigo do casal. Volta e meia o João
pegava a Maria e o Zé cochichando, e quando se aproximava deles, eles paravam.
- O que vocês dois tanto conversam?
- Nada.
Ou a Maria estava falando ao
telefone e, quando o João chegava, dizia - "Não posso agora" e
desligava.
- Quem era?
- Ninguém.
Não foi uma nem duas vezes.
Durante semanas, o ninguém ligou muito. E um dia a Maria anunciou que precisava
viajar. Sua vó Nica. No interior. Muito mal. Nas últimas. Precisava vê-la. Iria
na sexta de manhã e voltaria no domingo.
- Logo na sexta, Maria?
- Por quê? Que que tem na sexta?
- Nada.
João telefonou para a sogra e
perguntou como ia a vó Nica.
- A mamãe? Deve estar bem. Foi
com o grupo dela fazer compras no Paraguai.
Maria só levou uma pequena
sacola na viagem. Claro, pensou João. Só o que iria precisar, no hotel em que
se encontraria com o Zé para um fim de semana de amor. No fim da tarde, só para
confirmar, João telefonou do seu escritório para o escritório do Zé. Não, o seu
José não estava. Tinha saído cedo e avisado que não voltaria. Muito bem, pensou
João. Muito bem. Era assim que ela queria? Pois muito bem. Ele se vingaria.
Levaria uma mulher para casa. Sim, para casa. Uma mulher, não. Duas. Fariam um
“maneger a troi”, ou como quer que se chame aquilo - na cama do casal!
Na boate, já bêbado, João
perguntou para as duas mulheres, Vanessa e Gisele:
- Sabem que dia é hoje?
- Fala, filhote - disse Vanessa.
- O meu aniversário. E sabe que
presente a minha mulher me deu?
- O quê? (Gisele)
- Cornos! E com o Zé. Com o Zé!
- Sempre tem um Zé - filosofou a
Vanessa.
João desconfiara que uma das
duas mulheres era um travesti, mas ao chegarem a casa, ele não se lembrava mais
qual. Decretou que os três tirariam a roupa antes de entrar na casa. As
mulheres toparam. Quando João conseguiu acertar o buraco da fechadura e abrir a
porta, a Gisele tinha pulado nas suas costas e se pendurado no seu pescoço, e a
Vanessa tentava pegar o seu p., e era assim que eles estavam quando as luzes da
casa se acenderam e todos que estavam lá para a festa de aniversário que a
Maria e o José tinham passado semanas planejando gritaram:
- “S-U-R-P-R-E-S-A!!!”.
Disponível em:
http://macroscopio.blogspot.com.br/2007/05/um-conto-de-lus-fernando-verssimo-joo-e.html
Acesso em 06 ago. 2013.
3) Após a
leitura da crônica e com base em seus conhecimentos sobre os elementos da
narrativa, responda:
a) Quem são
as personagens principais e secundárias da crônica?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Em que
espaço os fatos ocorrem?
_____________________________________________________________________________
c) Em quanto
tempo aproximadamente acontece a história?
_____________________________________________________________________________
d) Qual é o
foco narrativo (1ª pessoa ou 3ª pessoa) em que a história é apresentada?
_____________________________________________________________________________
e) Qual é o
tipo de narrador presente no texto?
_____________________________________________________________________________
4) Agora,
identifique os parágrafos que constituem
a) a
apresentação: _______________________________________________________
b) a
complicação: ________________________________________________________
c) o clímax:
_____________________________________________________________
d) o
desfecho: ___________________________________________________________
5) Qual é o
conflito gerador do enredo, ou seja, que fato gera toda a história?
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6) Observe o
fragmento destacado a seguir:
“João telefonou para a sogra e perguntou como
ia a vó Nica.
-
A mamãe? Deve estar bem. Foi com o grupo dela fazer compras no Paraguai.”
Reescreva-o,
passando para o discurso indireto.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
7) Observe o
trecho: “João desconfiara que uma das
duas mulheres era um travesti, mas ao
chegarem a casa, ele não se lembrava mais qual.”
a) Que ideia
é introduzida pela conjunção “mas”?
_______________________________________________________________________
b) Reescreva
o trecho destacado, substituindo a conjunção “mas” por outra de sentido
equivalente.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
8) Você deve
ter percebido que a crônica “João e Maria” não apresenta um desfecho. Sua
tarefa é redigir um parágrafo de desfecho para o texto, de modo a solucionar o
conflito. Imagine qual seria a reação de Maria, de José, dos convidados e do
próprio João diante daquela cena bizarra. Como você imagina que, de fato, seria
o final dessa história?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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GABARITO:
1 -
Personagens
|
As
crianças, as mães e a avó.
|
Tempo
|
Algumas
horas.
|
Espaço
|
A
tribo e o mato.
|
Conflito
|
O
indiozinho roubou o milho da mãe e levou-o até à avó para fazer pão. Para que
a avó não contasse nada, ele e os amigos cortaram-lhe a língua e fugiram para
o mato. Pediram um pássaro amarrasse um cipó no céu e subiram. As mães viram
e tentaram subir, mas os meninos cortaram a corda. Elas caíram e viraram
animais selvagens. Os meninos foram punidos e se transformaram em estrelas.
|
Foco narrativo
|
3ª
pessoa.
|
Tipo de narrador
|
Narrador-observador.
|
2 - Resposta
comentada: Professor, nessa questão, o aluno deve atentar para o fato de que,
em sociedades ágrafas, isto é, sem escrita, a transmissão cultural se dá por
meio da oralidade.
Como os povos indígenas não possuíam uma
ciência desenvolvida como a nossa, eles explicavam os fenômenos físicos de
outra maneira, sobretudo por meio do sobrenatural. A ausência da escrita, no
entanto, não impossibilitou que os povos sem escrita deixassem de analisar
aspectos do seu cotidiano ou deixassem de criar “teorias” sobre eles. Nesse
sentido, o que diferencia as sociedades ágrafas das sociedades grafocêntricas –
que possuem escrita – é a maneira de transmitir as informações. Dessa forma,
ressalta-se a importância capital que a tradição oral tinha para esses povos,
já que era a única forma que possuíam para transmitir e garantir a continuidade
de sua cultura.
3 - a) Quem são as personagens principais e secundárias da
crônica?
Resposta: Personagens principais: Maria,
José e João.
Personagens secundárias: Vó Nica, sogra,
Gisele e Vanessa.
b) Em que
espaço os fatos ocorrem?
Resposta: Na casa de Maria e João e uma
pequena parte na boate.
c) Em quanto
tempo aproximadamente acontece a história?
Resposta: Pela sucessão dos fatos, em
algumas semanas.
d) Qual é o
foco narrativo (1ª pessoa ou 3ª pessoa) em que a história é apresentada?
Resposta: Terceira pessoa.
e) Qual é o
tipo de narrador presente no texto?
Resposta: Narrador observador.
4 - a) a apresentação: 1º §.
b) a complicação: 2º § ao 21º §.
c) o clímax: 22º§ e 23º§.
d) o desfecho: 23º§.
Comentário: Professor, perceba que, nessa
crônica, particularmente, o clímax e o desfecho coincidem. Na verdade, não há
um desfecho nos moldes tradicionais em que o conflito é solucionado. O narrador
não terminou a história justamente para deixar para o leitor a tarefa de
imaginar o que teria acontecido após o flagrante no último parágrafo. Mas, para
efeitos de contagem, pode-se considerar o 23º§ como sendo de desfecho.
5 - Qual é o conflito gerador do enredo, ou
seja, que fato gera toda a história?
Resposta: As constantes conversas de Maria
e José ao telefone.
6 - Resposta
comentada: “João telefonou para a sogra e perguntou como ia a vó Nica. A sogra
respondeu que a mãe devia estar bem, pois tinha ido com o grupo dela fazer
compras no Paraguai.”
7 - a) Que ideia é introduzida pela conjunção “mas”?
Resposta: Ideia de oposição, adversidade.
b) Reescreva
o trecho destacado, substituindo a conjunção “mas” por outra de sentido
equivalente.
Resposta comentada: Professor, qualquer
uma das conjunções a seguir é possível substituir o “mas” no contexto.
“João desconfiara que uma das duas
mulheres era um travesti, porém, todavia, contudo, no entanto ao chegarem a
casa, ele não se lembrava mais qual.”
8 - Professor, oriente os alunos para que
eles não produzam um parágrafo muito extenso, já que se trata do final da
história. Outro detalhe importante é que o desfecho deve ser coerente com o
restante da narrativa. Portanto, avalie os critérios: extensão do parágrafo e
sua coerência em relação à crônica.
João
telefonou para a sogra e perguntou como ia a vó Nica.
- A mamãe?
Deve estar bem. Foi com o grupo dela fazer compras no Paraguai.
Maria só
levou uma pequena sacola na viagem. Claro, pensou João. Só o que iria precisar,
no hotel em que se encontraria com o Zé para um fim de semana de amor. No fim
da tarde, só para confirmar, João telefonou do seu escritório para o escritório
do Zé. Não, o seu José não estava. Tinha saído cedo e avisado que não voltaria.
Muito bem, pensou João. Muito bem. Era assim que ela queria? Pois muito bem.
Ele se vingaria. Levaria uma mulher para casa. Sim, para casa. Uma mulher, não.
Duas. Fariam um “maneger a troi”, ou como quer que se chame aquilo - na cama do
casal!
Na boate, já
bêbado, João perguntou para as duas mulheres, Vanessa e Gisele:
- Sabem que
dia é hoje?
- Fala,
filhote - disse Vanessa.
- O meu
aniversário. E sabe que presente a minha mulher me deu?
- O quê?
(Gisele)
- Cornos! E
com o Zé. Com o Zé!
- Sempre tem
um Zé - filosofou a Vanessa.
João
desconfiara que uma das duas mulheres era um travesti, mas ao chegarem a casa,
ele não se lembrava mais qual. Decretou que os três tirariam a roupa antes de
entrar na casa. As mulheres toparam. Quando João conseguiu acertar o buraco da
fechadura e abrir a porta, a Gisele tinha pulado nas suas costas e se pendurado
no seu pescoço, e a Vanessa tentava pegar o seu p., e era assim que eles
estavam quando as luzes da casa se acenderam e todos que estavam lá para a
festa de aniversário que a Maria e o José tinham passado semanas planejando
gritaram:
-
“S-U-R-P-R-E-S-A!!!”.
Disponível em:
http://macroscopio.blogspot.com.br/2007/05/um-conto-de-lus-fernando-verssimo-joo-e.html
Acesso em 06 ago. 2013.
seria bom colocar a faixa etária indicativa desses textos antes de a pessoa ler tudo
ResponderExcluirVdd
ResponderExcluirAgradeço à empresa de empréstimos Elegant por me ajudar a garantir um empréstimo de US $ 1.000.000,00 para estabelecer meu supermercado Foodstuff em diferentes lugares. Há quatro anos que procuro ajuda financeira. Mas agora, estou completamente estressado, livre de toda a ajuda do agente de crédito Sr. Russ Harry. Portanto, aconselho qualquer pessoa que busque fundos para melhorar seu negócio a entrar em contato com esta grande empresa para obter ajuda, e ela é real e testada. Você pode contatá-los por meio de - E-mail --Elegantloanfirm@Hotmail.com- ou Whats-app +393511617486.
ResponderExcluirTexto perfeito, foi uma gafe bem-humorada!
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